Você já deve, com certeza, ter ouvido esta popular expressão: “Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”.
Tal ditado pode aparentar óbvio ou banal, mas carrega consigo grande sabedoria. Digo isso pois muitas vezes, em momentos difíceis da nossa vida, acabamos naturalmente por misturar tudo, confundindo os nossos sintomas e assim ministrando remédio errado para doença certa ou remédio certo para a doença errada.
E é exatamente assim que vivemos na crise: o medo, a angústia e a incerteza nos tomam por completo e nos fazem retrair toda a nossa capacidade de investimento.
Esse investimento, evidentemente, não está ligado somente a “compra” de algo, mas sobretudo, se relaciona à forma que nos posicionamos diante das crises que nos afetam.
Logo, é vital que pensemos com afinco acerca das nossas atuações, pois, se não temos atitudes diferentes, não há como nem porquê esperamos melhores resultados!
Seguindo esse raciocínio, destaco aqui um diálogo que travei com um investidor formado em Harvard. Fiquei, de fato, encantado com a sua resposta. Quando lhe perguntei sobre a crise no Brasil, eis que ele me disse: “Agora é a hora de o gênio aparecer”.
Confesso a você que esta sua afirmação me fez refletir. Será que não estou usando da palavra crise para não me decepcionar com o gênio que não sou? Ou, se sou gênio, porque então não apareço?
Depois de refletir, conclui, então, que não sei se sou gênio, mas sei que quero ser o gênio que aparece, pois, neste embate diário entre o que fazemos e somos, vamos fabricando este gênio dentro de nós. Entendeu?
Em outras palavras: eu quero fabricar o meu gênio! Alguns podem dizer que isso não é bem assim, mas eu prefiro acreditar que é assim mesmo. Deixe eu fabricar o meu gênio! Pode ser que eu não consiga fabricar o gênio de Harvard, mas quem sabe eu consiga fabricar o gênio que eu tanto sonhei.
Temos uma Empresa que desenvolve softwares para as transportadoras o TMS (Transport Management Systems), na qual quase uma centena de colaboradores diariamente falam, fazem, criam, implantam, desenvolvem, atendem, dormem e acordam e novamente falam, fazem, criam, implantam, desenvolvem, atendem, dormem e acordam e assim por diante.
O gênio tem que vencer, precisa acordar. Ou melhor, o gênio não pode dormir. Podemos não saber corrigir todos os nossos erros, mas ignora-los é burrice. Concorda?
É comum nos apoiarmos em desculpas a fim de justiçar os nossos insucessos. Perguntamos as pessoas:
Por que você não lê? É porque não tenho tempo.
Por que você chegou atrasado? É porque estava muito trânsito.
Por que você foi mal na prova? É porque a prova estava muito difícil.
Por que? Por que? Por que?
É porque! É porque! É porque!
O gênio que você precisa ser não pode mais se satisfazer com as desculpas! É necessário entendermos quem somos.
Deixa o gênio nascer, viver e te fazer feliz!
Com carinho;
Rinaldo Oliveira.